Cenário econômico e panorama de 2021
1 de dezembro de 2020A CDL POA promoveu no dia 08 de dezembro, o Cenários 2021, evento que mostrou um panorama econômico para 2021, apresentando modelos de negócios que atravessaram 2020 com sucesso.
O economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, abriu a série de apresentações com a palestra “Cenário econômico e panorama de 2021”. Frank fez uma análise de como a pandemia afetou a economia nos contextos do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo. Em seguida, com sólido embasamento, o economista-chefe da CDL POA fez algumas previsões para 2021. Segundo ele, não se via uma crise econômica global desta envergadura desde a Segunda Guerra Mundial. O PIB (Produto Interno Bruto) de nove em cada 10 países irá fechar 2020 no negativo. Nos Estados Unidos, houve uma deterioração das contas públicas a partir da queda de arrecadação e do aumento dos gastos. Além disso, há um risco muito alto de que a segunda onda da pandemia traga ainda mais efeitos negativos.
No Brasil, ao longo de 2020, o comércio conseguiu performar melhor do que a indústria e o setor de serviços. Segundo Frank, o setor contou com os programas de sustentação de renda do Governo Federal e algumas ações como o delivery, por exemplo, ajudaram. Segundo dados da Cielo, drogarias, farmácias, supermercados e lojas de materiais de construção se beneficiaram com a realocação de gastos derivada do isolamento social. Por outro lado, os setores não essenciais, como vestuário, bares e restaurantes, sofreram uma queda muito grande. No mercado de trabalho, 11 milhões de pessoas estão sem ocupação no País e este impacto foi maior no Rio Grande do Sul.
Para o futuro, o economista prevê uma recuperação gradual e lenta da economia gaúcha e, dependendo do cenário do agronegócio em 2021, o PIB gaúcho pode não recuperar o que perdeu em 2020. De acordo com Frank, a indústria deverá performar pouco, mas melhor que 2020; a agropecuária deverá ser resiliente. Para 2021, a inflação deverá se acomodar, na meta de 3,75%, controlada com juros baixos. O câmbio deve fechar 2021 a R$ 5,10. O crescimento contratado do PIB será com uma alta de 2,3%, a depender dos avanços, como as reformas econômicas, diminuição da burocracia, melhoria do capital humano, além da continuidade da retomada econômica e do cenário internacional.
Imagem: cenarios_2021