Economista mantém posição otimista em relação ao crescimento do país
22 de julho de 2017Pedro Ramos, doutor em Economia pela UFRGS, foi o palestrante convidado pela Cacis na reunião-almoço de 21 de julho. O especialista falou sobre o que levou o Brasil a apresentar o cenário econômico atual, saindo de uma recessão iniciada no segundo trimestre de 2014, quando havia uma taxa de desemprego de quase 14%, um setor público desajustado com problemas políticos, altas taxas de juros, com o lucro médio das empresas próximo a zero. Este panorama resultou na perda de confiança do mercado no Brasil e aumento na taxa de risco país.
O forte crescimento econômico no mundo, exemplificado por Pedro Ramos nos Estados Unidos, Europa e China, atualmente apresentando inflação e taxas de juros baixas, é favorável a países como o Brasil. Aliado a isso, com a capacidade de influenciar o Congresso Nacional para aprovação de medidas no governo Temer, iniciou-se um ajuste gradual dos gastos públicos e o mercado financeiro comprou essa ideia, segundo o economista. Mas a governabilidade pode ser ameaçada caso diminua o apoio político.
Com a confiança no país subindo, sobe o PIB também. A queda da taxa de juros influencia as compras a prazo e reduz o custo de financiamento para as empresas.
Pedro Ramos mantém uma posição otimista quanto à recuperação do crescimento da economia brasileira, mas ressalva que, com as eleições de 2018, ou com uma eventual queda do governo com a substituição da equipe econômica atual, tudo é possível.