Comércio

Empresas que não avançarem na inovação estão fadadas a desaparecer

24 de outubro de 2016

Inovações como a robótica, a automação, os veículos autodirigidos e a impressora 3 D estão trazendo uma revolução nas indústrias e na forma como as pessoas podem criar e gerar negócios. As empresas precisam com urgência perceber esses impactos, sob pena de ficarem retrógradas. O alerta é do professor, economista e mestre em administração, Luis Paulo Soares Munhoz que palestrou na reunião-almoço da Cacis nesta sexta-feira (21). O encontro foi organizado pela Faculdade La Salle de Estrela e reuniu empresários, colaboradores de empresas e imprensa no Estrela Palace Hotel.

Munhoz expôs que a gestão contemporânea exige que as empresas adaptem seus modelos de negócio devido as mudanças que estão ocorrendo no mundo de forma avassaladora. “Muitas empresas precisam se preparar para isso. No Brasil nós temos um agravante que é a dificuldade de infra-estrutura para dar conta dessa inovação. Contudo, a organização necessita olhar para esse aspecto e tentar ver dentro das suas possibilidades , o que pode fazer para continuar competindo.”

Dentro do cenário das inovações, as mudanças tecnológicas estão repercutindo sobremaneira no mundo dos negócios. “Muitos empresários não percebem esses impactos, mas é preciso começar a pensar sobre isso.” Para Munhoz a era do conhecimento já passou e deu lugar à era da criatividade. Significa que as empresas precisam começar a preparar o seu capital humano com treinamentos, cursos e formações a fim de desenvolver habilidades e competências dentro das organizações. “A mão de obra vai desaparecer por causa da automatização. O que nós precisamos é de cérebro de obra.” Na Alemanha, a fábrica da BMW tem mil robôs que trabalham na montagem de carros. Apenas poucas pessoas fazem parte do processo e estão lá para criar.

No ranking de competitividade, o Brasil figura em décimo-quarto lugar no planeta. A competitividade é baixa porque os funcionários das empresas não estão preparados para dar conta das novidades. São muitas vezes profissionais que não conseguem manusear máquinas cujos manuais estão em outra língua. Empresas deveriam promover cursos e treinamentos e para isso devem buscar parcerias com instituições de ensinos, entidades, faculdades ou sindicatos. “A Faculdade La Salle é uma parceira para buscar desenvolver cursos específicos e necessários para o mercado.” Conforme o palestrante, é preciso indagar sobre o futuro. O que ele irá trazer? Como estou preparado para as tecnologias hoje? E se não estou que tipo de profissional devo ter e quem pode ajudar a formar tais profissionais? A resposta para essa última questão é: as instituições de ensino.

Se por um lado as organizações precisam investir na qualificação dos funcionários, por outro as pessoas que estão no mercado de trabalho necessitam buscar formação e atualização, sob pena de se tornar um profissional obsoleto. “No momento em que as empresas começarem a avançar e elas vão ter que avançar ou vão desaparecer, as pessoas que tiverem condições de acompanhar este avanço terão uma chance muito maior, e aquelas que não acompanharem vão ser excluídas desse processo.”

Fonte: AI La Salle

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