Agronegócio

O futuro está na disrupção

8 de julho de 2016

Para inovar, é preciso reverter a ordem. É preciso interromper o curso normal de um processo. Neste contexto, o comunicador e especialista em plataformas digitais, Marcos Piangers, fez sua palestra Uma espiada no futuro, ontem (07/07), na Soges, em Estrela, para um público de mais de 600 pessoas. O evento foi organizado pela Câmara de Comércio Indústria e Serviço de Estrela (Cacis), com patrocínio do Sicredi e apoio das rádios Sorriso FM e Light FM.

Em 1999, a indústria fonográfica faturou U$ 14 bilhões e, neste mesmo ano, nascia o Napster, programa de compartilhamento de arquivos em rede, que protagonizou o primeiro grande episódio na luta jurídica entre a indústria fonográfica e as redes de compartilhamento de música na Internet. Ao final, foi comprado pelas grandes produtoras de música, que sentiam-se ameaçadas. A ideia era extingui-lo. Porém, outros programas similares vieram e a indústria fonográfica amargurou nos anos seguintes uma perda vertiginosa nas vendas. Em 2014, ela arrecadava metade: R$ 7 bilhões. Piangers contou a história para exemplificar o quanto as empresas perdem por negar e temer o novo. “Elas insistem numa cegueira que pode ser fatal. Marcas líderes vão sempre perder espaço para os outsiders, são disruptores, visionários que ficam à margem do senso comum e criam seus próprios espaços. Os outsiders trabalham o mercado dos clientes insatisfeitos. Pegam essa onda e trabalham para a conveniência do usuário, entendendo o novo conceito e a nova tecnologia. Ou seja, eles se arriscam”. Ele citou exemplos de empresas que surgiram exatamente nessa brecha de insatisfação do usuário, como o Uber, Netflix, Airbnb, entre outras.

Ao final, o comunicador disse que o futuro é obvio e que tudo irá mudar. “A crise sempre foi um fator muito mais de motivação do que de perda. A crise é o momento perfeito para o disruptor, que consegue farejar a mudança e entender antecipadamente aquilo que o novo consumidor deseja. E a tecnologia sempre será a maior aliada. Mas – sempre terá um “mas” – também é preciso aprender a dizer não em alguns momentos para a tecnologia, senão, nos tornaremos apenas escravos dela”.

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